Diretor da Aspra alega que houve má vontade do Bope na negociação com o soldado morto na Barra

Foto: site da Aspra
Foto: site da Aspra

O diretor da Associação dos Policiais e Bombeiros de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), o policial militar Paulo dos Anjos, afirmou em entrevista ao Jornal Transbrasil informou que o ato que aconteceu nesta segunda, 29, e que a atitude do soldado Wesley “expressam toda a revolta da tropa e a indignação de como o estado da Bahia trata os policiais.”

Segundo o diretor, houve má vontade do Bope na negociação com o soldado, “Acompanhei uma outra operação que o Bope participou em janeiro, no dia 10, no bairro 7 de Abril, em Salvador, onde quatro traficantes invadiram uma casa, com metralhadoras, pistolas, deram tiros e não tinha refém. Não tinha ninguém no local e mesmo assim as negociações foram para preservar a vida daqueles indivíduos”.

Após 3h30 de negociação, ele disparou um fuzil contra guarnições do Bope. Aproximadamente às 18h35, o soldado Wesley Soares Góes, que trabalhava na 72ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) há quatro anos, verbalizou que havia chegado o seu momento, fez a contagem regressiva e iniciou os disparos. Após pelo menos dez tiros, o soldado foi baleado e levado para o Hospital Geral do Estado – não foi esclarecido se ele chegou morto à unidade de saúde.

Dos Anjos associou o ato de Wesley como uma revolta contra o lockdown, “ele estava revoltado com o lockdown, com o toque de recolher, fazendo com que o pai de família feche o seu ganha pão, ele dá voz a maioria da tropa que está revoltada, que não concorda com isso. Mas, tem que cumprir ordens e então nós vamos fazer todos os esforços para que os responsáveis compareçam à justiça”, declarou o PM.

 

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