A falta de acordo entre a prefeitura de Feira de Santana e as empresas de transporte coletivo chega ao terceiro dia nesta terça-feira (18), mantendo a cidade sem ônibus. Com isso, a prefeitura autorizou que o transporte alternativo realize o transporte de passageiros.
Conforme o advogado do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (SINCOL), Ronaldo Mendes, as companhias não têm mais condições de operar. “Estamos sem novidades, esperando nova conversa com o secretário de Transporte. Ontem [segunda, 17], no fim da tarde, não se chegou a nenhuma solução. Os proprietários não aceitam mais botar dinheiro do próprio bolso, R$ 500, R$ 600 por mês, para ônibus rodarem. A atividade está literalmente encerrada”, informa o defensor ao G1.
Mendes afirmou ainda que as empresas deixaram de rodar porque os fornecedores de combustíveis pararam de abastecer os veículos das empresas. A parada do abastecimento teria sido motivada pela suspensão automática do contrato após resultado da licitação do transporte na última sexta-feira (14), onde duas novas operadoras de São Paulo ganharam o certame.
Segundo o secretário de Transportes de Feira de Santana, Ebenzer Tuy, em nenhum momento os gerentes das empresas que rodam atualmente na cidade, Princesinha e 18 de Setembro, alegaram a falta de combustível. Ele informou que o contrato emergencial de prestação de serviços com as atuais companhias de ônibus acaba dia 31 de agosto. Depois, vai ser feito mais um novo contrato emergencial para que o serviço continue em prazo máximo de seis meses, até que as duas novas empresas que ganharam a licitação se instalem no município.
O advogado Ronaldo Mendes informou que as empresas Princesinha e 18 de Setembro não chegaram a participar do processo licitatório porque não tinham condições financeiras. Ele alega que elas entraram em recuperação judicial por falência após ter dificuldades desde que a tarifa foi reduzida em R$ 0,15, em 2013.
Com informações do G1.
Foto de capa extraída do Bocão News.