Menina de 11 anos inventou que foi estuprada por 14 homens

Foto: Reprodução
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A menina de 11 anos que afirmou ter sido violentada por ao menos 14 indivíduos durante um baile funk em Praia Grande, no litoral sul de SP, inventou a história. A informação foi confirmada na noite de ontem (23) pelo delegado titular de Praia Grande, Carlos Henrique Fogolin de Souza. De acordo com o delegado, o laudo do exame feito na menina pelo Instituto Médico-Legal (IML) constatou ausência de lesões compatíveis com uma agressão de tamanha intensidade. O procedimento verificou, inclusive, que a menina sequer manteve relação sexual recentemente.

Outra informação que derrubou a denúncia de estupro foi que nenhum baile funk foi organizado na quarta-feira (18), na cidade, com ou sem autorização da Prefeitura. Agora, a mulher chamada de ‘tia por consideração’ pela menina se tornou alvo de investigações porque mentiu em depoimento oficial à polícia. Essa mulher relatou que a garota havia sofrido o abuso sexual dentro do baile funk, mas não lembrava de quase nada porque havia ingerido muita bebida alcoólica (cachaça), e não poderia voltar para casa porque fora expulsa pela mãe. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na Delegacia Sede da cidade no domingo (22), e as investigações eram conduzidas pela Delegacia da Mulher, com acompanhamento da Promotoria da Infância e Juventude.

A criança foi retirada da guarda da mãe e ficou sob responsabilidade do Serviço de Acolhimento de Crianças e Adolescentes do município porque os promotores queriam avaliar o grau de vulnerabilidade dela. A mãe da menina afirmou que jamais expulsou a filha de casa. Ela está aposentada por invalidez, tem vários problemas de saúde, é submetida a constantes sessões de hemodiálise e, quando sua filha foi violentada, estava internada em um hospital da cidade. Dois irmãos da vítima, filhos da mesma mãe, vivem em outra residência.

A mulher que abrigou a menina disse ainda que uma amiga da garota, outra menina que tem 12 anos e também estava no baile funk, informou que a sequência de estupros foi filmada com smartphones e os vídeos já poderiam estar circulando por aplicativos de mensagens e redes sociais. Os policiais fizeram diligências para tentar identificar os autores do crime e dos vídeos, e também para recuperar imagens de câmeras de vigilância na região.

No domingo, segundo a Prefeitura de Praia Grande, a menina recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude, onde os médicos constataram hemorragia e confirmaram que a paciente havia tido relações sexuais recentes, mas a Polícia Civil afirma que a garota estava menstruada, condição confirmada pelo IML.

 

*Uol

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