A Promotoria de Infância e Juventude do Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu um procedimento para apurar o tamanho da crise financeira enfrentada pelo hospital filantrópico Martagão Gesteira, responsável por atender gratuitamente 22 mil crianças por mês.
De acordo com o titular da promotoria Carlos Martel Guanais, que acompanha a área de saúde infantil, documentos que comprovem o rombo fiscal da unidade já foram solicitados à Liga Álvaro Bahia contra a Mortalidade Infantil, que a mantém em funcionamento.
Além disso, as secretarias da Saúde do município (SMS) e do estado (Sesab) foram convocadas pela promotoria para uma reunião sobre o tema na próxima quarta-feira (27), na sede do MP-BA, no Centro Administrativo da Bahia.
Conforme antecipou o promotor, os órgãos serão cobrados a apresentar alternativas que supram o cancelamento de alguns serviços do hospital, previsto para acontecer em 12 de agosto, segundo o superintendente da Liga Álvaro Bahia, Antônio Novaes.
Entre as estratégias estudadas por Carlos Martel está a judicialização da questão para garantir que o recurso chegue ao filantrópico.
Ele diz considerar a possibilidade de pedir, em juízo, o bloqueio de verbas das secretarias da saúde estadual e municipal. “Eles vão ter que dizer como vão suprir a ausência desses serviços, quem vai cuidar dessas crianças”, afirmou o promotor. Para ele, a situação da unidade, referência no atendimento de oncologia infantil, é “extremamente preocupante”.
(*A Tarde)